Copa do Mundo Sub-17 de 2025: Qatar sediará torneio histórico com 48 seleções e 104 jogos

A Copa do Mundo FIFA Sub-17 de 2025 chega com um impacto sem precedentes: pela primeira vez na história, 48 seleções disputarão o título juvenil mais importante do mundo. O torneio, que ocorrerá entre 3 e 27 de novembro de 2025, será totalmente sediado no Catar, com todos os jogos concentrados nos complexos esportivos Aspire Zone e ASPIRE Academy, na cidade de Al Rayyan, a apenas 8 km de Doha. A mudança não é só de número — é de escala. O torneio, que antes tinha 24 equipes e cerca de 52 partidas, agora terá 104 jogos, quase o dobro. E isso não é só um detalhe técnico. É uma revolução no acesso ao futebol global.

Um novo formato, espelhado na Copa de 2026

Em março de 2025, a FIFA surpreendeu o mundo juvenil ao anunciar que adotaria o mesmo modelo da Copa do Mundo masculina de 2026. Em vez de quatro minitorneios independentes, as 48 equipes serão divididas em 12 grupos de quatro times. Cada seleção jogará três partidas na fase de grupos, em sistema de turno único. Os dois melhores de cada grupo — 24 equipes no total — avançam automaticamente. Mas o que realmente amplia a oportunidade são os oito melhores terceiros colocados, que também se classificam. Isso significa que até seleções que não venceram nenhum jogo podem sonhar com o título. A fase eliminatória começa direto nas 32 avos de final, sem o tradicional mata-mata de oitavas. O calendário já está definido: os primeiros jogos acontecem em 4 de novembro, às 04:30 UTC, com Costa do Marfim Sub-17 enfrentando a Suíça Sub-17 no Pitch 8 do Aspire Zone. Logo depois, às 05:00 UTC, México e Coreia do Sul abrem o Aspire Complex. A expectativa é de que os campos fiquem lotados, mesmo sendo um torneio juvenil.

Os campos, os horários e os jogos que vão marcar a história

O complexo de Al Rayyan, que já foi palco de jogos da Copa do Mundo de 2022, agora se transforma no coração do futebol juvenil. Os nove campos numerados de Pitch 2 a Pitch 9 — incluindo o ASPIRE Academy Pitch 7 — serão usados em sequência, com até quatro jogos simultâneos por dia. O dia 4 de novembro é um marco: além dos jogos já citados, há confrontos como Bélgica x Tunísia, Fiji x Argentina, Portugal x Japão e o jogo de estreia da casa, Catar Sub-17 x Bolívia. O clima será de festa, mas também de pressão. Para países como Fiji ou Nova Caledônia, é a primeira vez que disputam uma Copa do Mundo Sub-17. Para Portugal e Itália, é uma oportunidade de renovar gerações. E para o Catar, é a chance de mostrar que, além de grandes eventos, pode ser berço de talentos futuros. O jogo entre Arábia Saudita x Mali, marcado para 11 de novembro, já é apontado por analistas como um dos mais estratégicos, por reunir duas potências em desenvolvimento no futebol africano e asiático.

Por que isso importa para o mundo do futebol?

Por que isso importa para o mundo do futebol?

A expansão de 24 para 48 equipes não é só um aumento de números. É uma aposta da FIFA na democratização do esporte. Antes, seleções da Oceania, da Ásia e da África frequentemente ficavam de fora por limitações de vagas. Agora, mais países têm espaço. O Senegal, que já foi campeão em 2015, volta com força. O Marrocos e a Tunísia têm gerações promissoras. E o Brasil? Ainda não foi anunciado, mas a seleção brasileira sub-17 é sempre uma das favoritas. A estrutura do torneio também é um laboratório para a formação de árbitros e técnicos de países em desenvolvimento. A FIFA está investindo em capacitação local, e isso pode mudar o futuro do futebol em regiões que ainda lutam por infraestrutura.

O que vem depois da final?

A final está marcada para 27 de novembro de 2025, no Aspire Zone. Mas o legado vai muito além do troféu. A FIFA já sinalizou que a expansão será mantida para as próximas edições — ou seja, o modelo de 48 equipes não é um experimento, é o novo padrão. Clubes europeus e sul-americanos já estão ajustando suas categorias de base para acompanhar o ritmo. A Manchester City, que mantém parceria com o Aspire Academy, já anunciou que vai aumentar o número de jovens em seu programa de scouting. E os olheiros? Estão de olho em cada partida. Um jogador que se destaque aqui pode ser o próximo Vinícius Júnior, ou o novo Pedri. Afinal, a Copa do Mundo Sub-17 é o maior palco de descoberta de talentos do mundo.

Como acompanhar o torneio?

Como acompanhar o torneio?

A transmissão oficial ainda não foi totalmente divulgada, mas plataformas como Flashscore.com.br prometem cobertura ao vivo com placares, estatísticas e classificações em tempo real. A ESPN Brasil já confirmou que transmitirá os jogos da seleção brasileira, caso ela participe. Ingressos devem ser vendidos em fases, com preços acessíveis — a FIFA quer que famílias inteiras possam assistir. O Catar, que já demonstrou capacidade logística em 2022, promete uma experiência imersiva: transporte gratuito entre os complexos, áreas de lazer para torcedores e até exposições interativas sobre a história do futebol juvenil.

Frequently Asked Questions

Como funciona a classificação para a fase eliminatória na Copa do Mundo Sub-17 de 2025?

Após a fase de grupos, os dois melhores de cada um dos 12 grupos (24 equipes) avançam automaticamente. Além disso, os oito melhores terceiros colocados entre todos os grupos também se classificam, totalizando 32 seleções na fase eliminatória. Isso significa que até equipes com apenas um empate e duas derrotas podem seguir na competição, dependendo do desempenho geral. O sistema foi adotado para aumentar a justiça e a competitividade.

Por que o Catar foi escolhido novamente para sediar um torneio juvenil?

O Catar já provou sua capacidade logística com a Copa de 2022, com infraestrutura moderna, clima controlado e transporte eficiente. Além disso, o complexo Aspire Zone é um dos maiores centros de treinamento juvenil do mundo, com instalações de ponta e parcerias com clubes europeus. A FIFA optou por manter o foco em um local já testado, garantindo qualidade e segurança para os jovens atletas.

Quais seleções são as grandes favoritas neste novo formato?

Brasil, Espanha, França e Inglaterra continuam como favoritas, por conta de seus sistemas de base robustos. Mas o novo formato abre espaço para surpresas: Nigéria, Coreia do Sul, México e até Senegal têm gerações talentosas. O fator casa também pode impulsionar o Catar, que já chegou às semifinais em 2019. A África e a Ásia estão mais fortes do que nunca.

Como essa expansão afeta o desenvolvimento do futebol nos países menores?

Para países como Fiji, Nova Caledônia ou Bolívia, participar de uma Copa do Mundo Sub-17 é um divisor de águas. A exposição internacional atrai patrocínios, investimentos em academias e até em infraestrutura local. A FIFA oferece apoio técnico e financeiro para essas seleções, e muitos jogadores que se destacam aqui acabam sendo contratados por clubes europeus — mesmo sem terem jogado em ligas profissionais antes.

Quais jogadores da edição passada se tornaram estrelas profissionais?

Muitos: o brasileiro Vinícius Júnior jogou na Copa de 2017 e hoje é uma das estrelas do Real Madrid. O espanhol Pedri foi destaque em 2019 e já é peça-chave da seleção espanhola. O nigeriano Samuel Chukwueze, campeão em 2015, atua na AC Milan. O torneio é, de fato, o primeiro grande palco para descobrir os futuros craques do mundo.

Haverá transmissão ao vivo no Brasil?

A ESPN Brasil confirmou que transmitirá os jogos da seleção brasileira, caso ela se classifique. Outros canais, como Band e Globo, ainda não anunciaram, mas é provável que exibam partidas importantes, especialmente as que envolvem times da América do Sul. Plataformas digitais como Flashscore e a app oficial da FIFA também oferecerão transmissões ao vivo e atualizações em tempo real para quem não tiver TV.

(6) Comentários

  1. Lucas Pirola
    Lucas Pirola

    Essa expansão pra 48 times é louca, mas faz sentido... Quem diria que Fiji e Nova Caledônia iam jogar numa Copa do Mundo? O futebol tá virando um festival global, e eu tô curioso pra ver como vai ser a pressão pra esses garotos que nunca saíram da ilha.

    Tem jogo em 4:30 da manhã? Sério? Quem vai acordar pra isso? Mas bom, pelo menos o Catar não vai deixar ninguém com frio.

  2. Jailma Andrade
    Jailma Andrade

    Isso aqui é muito mais que um torneio. É um sinal de que o futebol finalmente está reconhecendo que talento não tem fronteira. Quando um garoto de Fiji joga contra o Brasil, ele não está só jogando - ele está representando um país inteiro que nunca teve voz no palco mundial. A FIFA fez algo certo por uma vez.

    Espero que os clubes europeus não vejam só como fonte de mão de obra barata. Esses garotos merecem educação, suporte e respeito, não só serem comprados e esquecidos.

  3. Leandro Fialho
    Leandro Fialho

    Mano, o Catar tá fazendo um trabalho de louco com esse esporte juvenil. Já foi sede da Copa, agora é o centro do futebol do futuro. E olha só: até o Senegal voltou com força! E o Brasil? Onde tá a lista? Se não mandarem um time forte, vai ser vergonha. Mas se mandarem, pode crer que vai ter um futuro Vinícius saindo daqui.

    Quem tá com a camisa da seleção sub-17? Me conta, quero saber quem tá sendo chamado!

  4. Eduardo Mallmann
    Eduardo Mallmann

    Democracia esportiva é um mito. O que vemos aqui é a corporatização do futebol juvenil. Mais jogos, mais mídia, mais lucro. A FIFA não se importa com o desenvolvimento de Fiji ou Bolívia - ela quer mais contratos de transmissão, mais patrocínios, mais dados de desempenho para vender aos clubes europeus.

    Essa tal de 'oportunidade' é só uma fachada. O sistema continua sendo o mesmo: os países ricos absorvem os talentos, os países pobres viram repositórios de carne jovem. O troféu? É só um adorno para o capitalismo.

  5. Timothy Gill
    Timothy Gill

    48 times é exagero. O futebol perdeu a alma. Antes era seleção contra seleção, agora é um mercado de carne com tabelas e estatísticas. Quem se importa com Fiji? O que eles vão aprender? Nada. O verdadeiro futebol é feito em campos de terra, não em salas climatizadas com câmeras 8K.

    Se querem desenvolver, invistam em escolas. Não em torneios que só servem para os clubes europeus roubarem garotos de 16 anos.

  6. David Costa
    David Costa

    Quando eu era garoto, a Copa do Mundo Sub-17 era algo mágico. Um jogo entre Brasil e Alemanha, dois times com identidade, com raiz. Hoje, temos 48 seleções, 104 jogos, e quase nenhum contexto. O que é o futebol sem história? Sem identidade? Sem paixão? A FIFA transformou o torneio em um produto de consumo, como um jogo de console com DLCs.

    As crianças de Fiji merecem estar lá, sim. Mas será que elas vão se sentir em casa? Ou só vão ser peças num algoritmo que busca engajamento? Acho que o verdadeiro legado não está no troféu, mas em como esses garotos vão lembrar desse momento daqui a 20 anos. Será que vão lembrar da emoção? Ou só da pressão?

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