Flávio Venturini: quem é, o que fez e por que ainda encanta
Se você curte música brasileira, provavelmente já ouviu "Nada Vai Me Sufocar" ou "Linda Demais". São hits que deixaram Flávio Venturini marcado como um dos compositores mais versáteis da MPB. Mas quem é o cara por trás dessas canções? Vamos contar a história do músico, destacar suas músicas mais lembradas e revelar alguns fatos que poucos sabem.
Da infância ao Palco
Flávio nasceu em 23 de julho de 1949, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Desde pequeno ele mexia em violões emprestados dos amigos da família e cantava nas festas de bairro. Aos 15 anos, já fazia parte de bandas locais, tocando folk e rock psicodélico, estilos que influenciaram bastante seu som futuro.
Em 1974, ele entrou para o grupo 14 Bis, fundado por seus primos, o vocalista e tecladista Flávio José. O 14 Bis fez sucesso nacional com músicas como "A Última Música", mas foi a saída de Venturini em 1979 que deu início à carreira solo, permitindo que ele experimentasse arranjos mais íntimos e letras mais pessoais.
Principais sucessos e colaborações
O álbum “A Noite” (1986) trouxe a canção "Coração em Desalinho", que ainda rola nas rádios. Mas o maior marco foi "Nada Vai Me Sufocar" (1990). A melodia simples, acompanhada de um violão folk, conquistou gerações e virou trilha de novelas, comerciais e vídeos de casamento.
Além dos próprios sucessos, Venturini escreveu para outros artistas. Ele coautorou "Milu", gravada por Xuxa, e colaborou com o letrista Renato Teixeira em "Esperando Por Você", que ficou no repertório de Caetano Veloso. Essa habilidade de transitar entre seu estilo e o de outros músicos faz de Flávio um nome respeitado nos bastidores da música.
Nos últimos anos, ele tem se aventurado em projetos lendários com músicos de jazz e música eletrônica, mostrando que idade não limita criatividade. Em 2022, lançou o álbum “Acústico ao Vivo”, gravado em um estúdio de Nova York, onde reinterpretou seus clássicos em versões mais minimalistas.
Além da música, Flávio tem paixão por poesia. Publicou dois livros de versos — "Silêncios" (2005) e "Luzes do Horizonte" (2013) — que revelam sua sensibilidade e o mesmo lirismo presente em suas canções.
Curiosidade: o nome completo de Flávio é Flávio Alderico Ventura, mas ele adotou o sobrenome Venturini em homenagem ao avô materno, que era imigrante italiano. Esse detalhe pequeno, porém significativo, mostra como ele valoriza suas raízes familiares.
Se você ainda não ouviu a discografia completa, comece pelos álbuns “Flávio Venturini” (1989) e “Só” (1994). Eles condensam a essência do artista: melodias cativantes, letras que falam de amor, esperança e a vida cotidiana.
Em resumo, Flávio Venturini não é só o autor de chorados hits dos anos 80 e 90; ele é um contador de histórias que ainda tem muito a oferecer. Seja na TV, no rádio ou nas playlists de streaming, sua música continua presente, provando que boa melodia nunca sai de moda.
Quer saber mais? Fique de olho nas redes sociais do artista e nos programas de rádio que ainda dedicam espaço para os clássicos da MPB. A próxima música que vai tocar no seu carro pode ser outra obra de Flávio Venturini, pronta para mexer com o seu coração.