Desempenho de Raphael Veiga na temporada 2025
Raphael Veiga voltou a treinar com o elenco do Palmeiras para a campanha de 2025, mas sua presença em campo tem sido escassa. Em 11 partidas disputadas até o momento, ele começou apenas quatro vezes, acumulando 371 minutos de ação. Nessas aparições, o número de gols é zero e a única assistência ainda não conseguiu mudar a percepção dos torcedores.
A precisão nos chutes também chama atenção: de dez finalizações, apenas três foram a gol, resultando em 30% de acerto. O xG (expected goals) calculado para Veiga fica em 0,69, indicando que as chances que ele gera raramente se convertem em gols. Mesmo assim, ele se destaca na criação de oportunidades, ocupando o 97º percentil entre os volantes ofensivos da liga.
- Tempo de jogo: 371 minutos (11 jogos)
- Gols: 0
- Assistências: 1
- Precisão de chute: 30%
- Chances criadas: 97º percentil
Os índices defensivos, porém, ficam numa zona média: 57º percentil em desarmes e 55º em duelos aéreos, números que não fortalecem sua argumentação para ocupar uma vaga fixa.

O debate dentro e fora do clube
Nas redes sociais, a discussão se intensifica. Alguns torcedores defendem que a experiência de Veiga e sua capacidade de criar jogadas ainda são valiosas, principalmente em jogos decisivos como a Copa do Brasil. Outros acreditam que, aos 30 anos, o meia deve abrir espaço para os jovens que vêm se destacando nos treinos e nas categorias de base.
O técnico, por sua vez, tem optado por uma rotação que favorece jogadores como o filho da base, Zé Rafael, e o recém-contratado Gabriel Veron, que vêm ganhando minutos em posições semelhantes. A partida contra o Internacional, em que o Palmeiras venceu por 4 a 1, viu Veiga entrar nos últimos 14 minutos, recebendo nota 6,9 dos analistas de desempenho. Já na Copa, ele ficou totalmente no banco diante do Corinthians, reforçando a ideia de que ainda não recuperou a confiança plena da comissão técnica.
Vale lembrar que Veiga recebeu sua primeira convocação para a Seleção Brasileira em março de 2023, mas desde então tem sido raramente chamado, sobretudo em interrupções internacionais. Essa falta de destaque na seleção reflete, em parte, a redução de seu protagonismo no clube.
Do ponto de vista tático, o Palmeiras tem adotado um esquema mais vertical, privilegiando a velocidade nos flancos. Veiga, acostumado a atuar como armador central ou aberto pelas pontas, encontrou dificuldades para se adaptar ao ritmo acelerado exigido nas transições rápidas.
Ao analisar a situação, fica claro que o futuro de Raphael Veiga no Palmeiras ainda está em aberto. Enquanto o treinador pondera a composição ideal do time, a torcida continua dividida entre o respeito ao histórico do jogador e a vontade de ver novos talentos assumirem protagonismo. O próximo clássico pode ser decisivo para definir se Veiga vai reconquistar um lugar de destaque ou se o clube seguirá investindo na renovação de sua camada técnica.