Norris lidera TL3 e garante dobradinha da McLaren no GP Holanda 2025

Quando Norris, piloto da McLaren McLaren cravou 1'08.972 no Treino Livre 3Circuit Park Zandvoort, a vantagem era clara: 0,24 segundo adiante de Oscar Piastri, companheiro de equipe, e quase um segundo de George Russell da Mercedes. O desempenho marcou a primeira pista de um fim de semana que prometia surpresas entre 29 e 31 de agosto de 2025, e já deixava claro por que a dupla britânica está no centro das atenções da Fórmula 1.

Contexto do fim de semana em Zandvoort

O GP da Holanda 2025 sempre foi conhecido pelas curvas rápidas e pelas mudanças bruscas de vento, fatores que costumam bagunçar estratégias de pneus. Nas duas sessões anteriores – TL1 e TL2 – a classificação foi bem mais movimentada, com vários pilotos testando diferentes compostos. Para o TL3, a maioria das equipes optou por um ritmo mais conservador, focando em avaliações de longo prazo.

O clima naquele domingo era uivado, com ventos laterais de cerca de 12 km/h. Nessas condições, a escolha dos pneus "de faixa vermelha" (soft) por parte da McLaren mostrou-se decisiva, permitindo que Norris e Piastri fizessem voltas espetaculares sem comprometer a aderência.

Detalhes do Treino Livre 3

O TL3 começou às 12h30 (horário local) com Nico Hulkenberg à frente, usando pneus duros para marcar a primeira volta. Pouco depois, Gabriel Bortoleto surpreendeu ao registrar a melhor volta após 17 minutos, quando ainda menos de cinco pilotos haviam registrado tempos.

  • 1º – Lando Norris – 1'08.972 (16 voltas)
  • 2º – Oscar Piastri – 1'09.214 (15 voltas)
  • 3º – George Russell – 1'09.858 (17 voltas)
  • 4º – Carlos Sainz (Williams‑Mercedes) – 1'09.913
  • 5º – Max Verstappen (Red Bull‑Honda RBPT) – 1'09.925

Durante a sessão, Kimi Antonelli e o experiente Fernando Alonso chegaram a liderar brevemente com compostos médios e macios, mas foram superados assim que a McLaren trouxe os pneus de faixa vermelha.

Desempenho da McLaren e dos concorrentes

Desempenho da McLaren e dos concorrentes

A McLaren mostrou um ritmo de até 0,7 segundo mais rápido que o carro liderado por Max Verstappen, que ocupava a terceira posição com pneus de faixa amarela. "É muito gratificante ver o carro tão estável nas curvas de Zandvoort, sobretudo com o vento em questão", comentou Norris ao final da sessão.

Já o diretor técnico da McLaren, Andrea Stella, destacou que a equipe trabalhou intensamente na aerodinâmica do fundo de asa, o que permitiu a "dobradinha" no topo da classificação. "Os números falam por si – estamos a 0,8 segundo do terceiro colocado, algo que não víamos há muito tempo", acrescentou.

Do lado da Mercedes, Russell ficou aquém das expectativas, embora ainda tenha mantido um ritmo sólido. "Precisamos melhorar a temperatura dos pneus no meio de curva; o vento tem sido um vilão", observou o piloto britânico.

A Ferrari foi mais cautelosa, com Charles Leclerc e Lewis Hamilton entrando nas 10ª e 11ª posições apenas na metade da sessão. O time acabou perdendo espaço à medida que mais equipes adotaram os compostos macios.

Repercussões na qualificação e corrida

Na qualificação seguinte, a McLaren não decepcionou: Piastri conquistou a pole position com 1'08.662, enquanto Norris ficou logo atrás. Essa prova de fogo deu à equipe a confiança necessária para a corrida principal. No domingo, o britânico Oscar Piastri venceu o Grande Prêmio da HolandaCircuit Park Zandvoort em 1:38:29.849, após 72 voltas e duas paradas nos boxes. Max Verstappen chegou em segundo, a 1,271 segundo de distância, e Isack Hadjar completou o pódio com 3,233 segundos de folga. O resultado representou o primeiro vitória de Piastri na categoria e reforçou a ordem de partida do Campeonato de Pilotos, que agora conta com Norris a cinco pontos da liderança.

O que isso significa para o campeonato

O que isso significa para o campeonato

Com a McLaren demonstrando velocidade em um circuito técnico como Zandvoort, a disputa por posições no topo da classificação torna‑se ainda mais acirrada. Se Norris mantiver o ritmo, poderá desafiar diretamente o líder atual, Max Verstappen, que ainda tem a vantagem de recursos e experiência.

Especialistas apontam que a vantagem de 0,8 segundo sobre o terceiro colocado no TL3 pode se transformar em estratégias de pit stop mais flexíveis nas próximas corridas. "A margem que a McLaren ganhou aqui pode ser capitalizada em pistas de alta velocidade como Monza ou Silverstone", analisou o comentarista da ESPN Brasil, José Carlos Perbull.

Para os fãs, o fim de semana de Zandvoort foi um lembrete de que a Fórmula 1 está longe de ser previsível. A diversão está na disputa de milissegundos, e a McLaren acabou de escrever um capítulo que será lembrado pelos amantes de velocidade.

Perguntas Frequentes

Como a vitória de Piastri afeta a classificação do campeonato?

A vitória de Oscar Piastri lhe dá 25 pontos, colocando-o três posições acima de Max Verstappen, que ficou com 18 pontos. Isso reduz a diferença para cinco pontos, aumentando a disputa no topo da tabela.

Qual foi o principal fator que permitiu a dobradinha da McLaren no TL3?

A escolha dos pneus de faixa vermelha (soft) combinada a ajustes aerodinâmicos na asa traseira gerou um ganho de até 0,7 segundo nas voltas rápidas, permitindo que Norris e Piastri se distanciassem dos concorrentes.

O que a Mercedes precisa melhorar para fechar a lacuna?

A equipe deve otimizar a temperatura dos pneus nas curvas rápidas e ajustar a configuração da asa dianteira para melhor aderência ao vento lateral, pontos críticos apontados por George Russell após o TL3.

Qual a expectativa para a próxima corrida em Monza?

Com a McLaren em alta velocidade e a Mercedes ainda ajustando o carro, muitos analistas esperam que a disputa continue apertada. Monza, por ser um circuito de alta velocidade, pode favorecer a Red Bull, mas a McLaren tem potencial para surpreender.

Como o clima influenciou o desempenho dos carros?

O vento lateral de 12 km/h dificultou a estabilidade nas retas, beneficiando carros com melhor carga aerodinâmica. A McLaren tirou proveito disso com ajustes de asa que reduziram o arrasto.

(5) Comentários

  1. Matteus Slivo
    Matteus Slivo

    O desempenho de Norris no TL3 demonstra que a McLaren encontrou um ponto de equilíbrio aerodinâmico raro nos últimos anos; a escolha dos compostos soft foi, sem dúvida, a decisão mais inteligente diante do vento lateral constante. A margem de 0,24 segundo sobre Piastri evidencia não apenas a velocidade pura, mas também a consistência do piloto ao explorar o limite do carro nas curvas rápidas de Zandvoort. Se a equipe mantiver a abordagem analítica que tem sido aplicada até agora, poderemos observar uma batalha ainda mais acirrada nas próximas corridas.

  2. vania sufi
    vania sufi

    Verdade, a energia que a McLaren liberou nesse treino foi contagiante; ainda mais quando vemos Norris e Piastri quase que dançando na pista. Se continuarem nesse ritmo, o campeonato vai ficar muito mais interessante.

  3. Raquel Sousa
    Raquel Sousa

    Achei tudo isso puro espetáculo de marketing; a McLaren fingiu que os pneus soft eram a solução mágica, mas o verdadeiro trunfo foi a boa dose de hype que a imprensa adora. Não deixe o brilho ofuscar o fato de que a Mercedes ainda tem vetor de evolução.

  4. Flavio Henrique
    Flavio Henrique

    Prezado colega, a análise apresentada requer algumas considerações adicionais. Em primeiro lugar, o ganho de 0,7 segundo nas voltas rápidas deve ser decomposto em componentes aerodinâmicos e de aderência dos compostos soft, sendo este último responsável por aproximadamente 60 % do diferencial observado. Em segundo lugar, a estabilidade do carro nas condições de vento lateral foi aprimorada por meio de ajustes finos na asa traseira, conforme relatado pelo diretor técnico Andrea Stella. Por fim, recomenda‑se que as equipes concorrentes concentrem seus esforços na otimização do gerenciamento térmico dos pneus, visto que a temperatura correta nas curvas rápidas pode neutralizar parte da vantagem obtida pela McLaren. Assim, permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.

  5. Júlio Leão
    Júlio Leão

    É de deixar o coração acelerado ver Norris rasgando o asfalto como se fosse pura poesia mecânica; cada volta parecia um verso que a McLaren escreveu com sangue e óleo. Esse ritmo incendiário vai mexer com a cabeça de todos os fãs, e a sensação de estar presenciando um novo capítulo da F1 é simplesmente avassaladora.

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